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Rosamaria: “Fomos muito resilientes”

FOTO: Divulgação CBV/Inovafoto

Por Kenia Telles 

Rio, 8/8/2021 – Elas não eram favoritas ao ouro olímpico em Tóquio, mas subiram no segundo degrau mais alto do pódio na madrugada deste domingo, dia 8, e estão vivenciando o sonho da conquista da medalha de prata após a final contra os Estados Unidos. Estreante em Olimpíadas, Rosamaria, um dos destaques da seleção brasileira de vôlei a partir das quartas de final dos Jogos, destacou a importância da conquista. 

“Essa prata significa coragem, não desistir nunca, acreditar em nossas convicções, no que a gente faz, e não no que os outros falam. Essa medalha foi muito trabalhada e estou muito feliz. Triste, mas feliz. É difícil explicar. É a sensação de que a gente lutou muito por esta conquista. Se a gente não ganhou por pouco foi porque os Estados Unidos também mereciam. Mas não deixamos faltar nada. Em uma Olimpíada tudo pode acontecer. Eu escutava isso, o Zé (técnico José Roberto Guimarães) falava. Ninguém entende o que acontece aqui. É uma energia doida. Acho que a gente foi muito forte emocionalmente. Fomos muito resilientes para chegarmos até aqui”. 

O Brasil marcou presença na final dos Jogos Olímpicos de Tóquio como única invicta, já que os Estados Unidos perderam para o Comitê Olímpico Russo na fase classificatória. A atuação da equipe brasileira na decisão acabou sendo, no entanto, um pouco abaixo do esperado. 

“Mas a gente jogou contra uma grande equipe. As duas equipes que fizeram a melhor campanha chegaram na decisão, e elas foram superiores. Podíamos ter feito algumas coisas, mas as americanas pressionaram o tempo inteiro. Foi realmente mérito delas. Ninguém esperava a gente na final e, mais uma vez, a gente lutou e mostrou que o óbvio tem que ser mostrado dentro de quadra. Ninguém vence com antecedência. E a gente lutou muito para estar nessa final”, disse Rosamaria, que destacou o momento mais importante da seleção brasileira em Tóquio. 

“Após o jogo contra as russas a gente entendeu e acreditou que dava, porque elas vinham em uma crescente grande, estavam embaladas e, principalmente, pelo histórico entre Brasil e Rússia. Ali, deixaram a gente sonhar que podíamos estar nas semifinais e na final. A gente sabia que iria brigar para estar nessa decisão. A lição que eu tiro dessas Olimpíadas é a de que tudo pode acontecer, de que não se ganha campeonato com antecedência.” 

Rosamaria terminou os Jogos como a 16ª melhor bloqueadora da competição. Foram 13 pontos de bloqueio, sendo seis obtidos na vitória do Brasil por 3 sets a 1 contra o Comitê Olímpico Russo. “Saio mais forte emocionalmente, entendendo melhor o que significa uma Olimpíada, essa grandeza. É o mundo parando para admirar os melhores atletas. O detalhe decide a conquista de uma medalha de ouro e a gente tem que estar atento a isso o tempo todo. Uma Olimpíada não se constrói de um dia ou de um ano para o outro. É muito tempo de preparação”. 

Igualdade entre homens e mulheres 

Em Tóquio, a participação feminina foi recorde na quantidade e na proporção de atletas. O objetivo do Comitê Olímpico Internacional é atingir a igualdade de gêneros no esporte. E as mulheres realmente brilharam nestas Olimpíadas. 

“Esse é o caminho natural, já que de uns anos para cá, as mulheres têm tido mais espaço e, consequentemente, o apoio está aumentando aos poucos. É o reflexo de que as mulheres estarem se destacando cada vez mais. É um trabalho contínuo e o caminho ainda é longo para se chegar à igualdade com os homens. Espero que essas Olimpíadas sirvam de exemplo e que, daqui para frente, a visibilidade das mulheres aumente e o apoio também”, concluiu Rosamaria.  

Esta foi a segunda medalha de prata conquistada pela seleção brasileira em um espaço de um mês e meio. A primeira foi em Rimini, na Itália, onde foi disputada a Liga das Nações no mês de junho. O Brasil também perdeu para os Estados Unidos na final.  

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